Informação atualizada em 13/07/2013, à 1h13 Eles não receberam o pagamento de junho nem os 33% das férias de 2011, como a mantenedora havia...
Informação atualizada em 13/07/2013, à 1h13
Eles não receberam o pagamento de junho nem os 33% das férias de 2011, como a mantenedora havia prometido.
Eles não receberam o pagamento de junho nem os 33% das férias de 2011, como a mantenedora havia prometido.
Não teve jeito!!! Professores do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade) e da Universidade Gama Filho (UGF) – ambos no Rio de Janeiro e pertencentes ao grupo Galileo Educacional – farão uma nova greve a partir da próxima segunda-feira (15/7), por não terem recebido ainda o pagamento de junho mais um terço das férias de 2011, conforme Termo de Compromisso firmado entre a categoria e a mantenedora.
Em assembleias separadas no último dia 8, os profissionais já tinham ameaçado parar novamente as atividades, porque a grana não foi depositada até o quinto dia útil do mês. Após contato da gestora, eles foram informados que teria ocorrido um problema no banco e que receberiam até esta sexta-feira (12). Então, optou-se suspender temporariamente a paralisação, na tentativa de dar uma nova chance ao empregador.
Em nota agora há pouco, a Associação Docente da Cidade (Adoci) informou que o acordo entre o Banco Mercantil e o grupo Galileo Educacional estaria inviabilizado. Este teria tentado fazer um novo empréstimo ao Banco Cédula, dando como garantia real imóveis em sua propriedade. E agora, adiaram para a semana seguinte a previsão de pagamento. Sabe-se que os gestores têm um empréstimo na forma de emissão de títulos de debêntures em R$ 100 milhões junto ao Banco Mercantil.
Sabe-se também que a Justiça fluminense tinha concedido tutela antecipada de bens do grupo educacional e de alguns executivos em favor dos antigos donos da UGF, os empresários Paulo Gama e Luiz Alfredo Muniz. Dessa maneira, os bens não poderiam ser vendidos, transferidos e/ou desfeitos. Não se tem informação sobre quais bens seriam afetados e se a mantenedora já teria conseguido reverter tal decisão.
A Associação dos Docentes da Gama Filho (ADGF) explicou com mais detalhes os supostos motivos para o novo atraso: a receita foi de R$ 7,3 milhões, enquanto o custo do pagamento de pessoal, R$ 10,9 milhões. A média de inadimplência do pagamento das mensalidades era de 12 por cento, sendo que no mês de junho teria chegado a 40 por cento. Deste percentual, 28 por cento seria da UGF. Somente o curso de Medicina seria responsável por 16 por cento. O empréstimo ao Banco Cédula seria para saldar uma dívida com o Banco Mercantil com garantia de um bem não informado, que precisa de algumas certidões e avaliação por parte do Banco Cédula. “Para alcançar realizar os pagamentos previstos no Termo de Compromisso e tornar a operação viável nos próximos meses, está sendo realizada a negociação de alienação patrimonial, de bem do acionista majoritário. Este bem será renegociado para uso das instituições em sistema de aluguel por 40 anos. Esta negociação deve se concluir em até 15 dias”, acrescentou.
A mantenedora teria afirmado também que, com o ingresso de novos alunos no próximo semestre e com algumas ações promocionais e publicidade, seria possível aumentar a arrecadação.
A Associação dos Docentes da Gama Filho (ADGF) explicou com mais detalhes os supostos motivos para o novo atraso: a receita foi de R$ 7,3 milhões, enquanto o custo do pagamento de pessoal, R$ 10,9 milhões. A média de inadimplência do pagamento das mensalidades era de 12 por cento, sendo que no mês de junho teria chegado a 40 por cento. Deste percentual, 28 por cento seria da UGF. Somente o curso de Medicina seria responsável por 16 por cento. O empréstimo ao Banco Cédula seria para saldar uma dívida com o Banco Mercantil com garantia de um bem não informado, que precisa de algumas certidões e avaliação por parte do Banco Cédula. “Para alcançar realizar os pagamentos previstos no Termo de Compromisso e tornar a operação viável nos próximos meses, está sendo realizada a negociação de alienação patrimonial, de bem do acionista majoritário. Este bem será renegociado para uso das instituições em sistema de aluguel por 40 anos. Esta negociação deve se concluir em até 15 dias”, acrescentou.
A mantenedora teria afirmado também que, com o ingresso de novos alunos no próximo semestre e com algumas ações promocionais e publicidade, seria possível aumentar a arrecadação.
Esta semana, a reitoria enviou um comunicado aos seus empregados. De cara, nota-se que não é muito otimista. Para alguns professores, seria um mau sinal. Segue o texto:
“COMUNICADO DA REITORIAPeço, encarecidamente, que os senhores coordenadores e professores do Centro Universitário da Cidade não façam nenhuma paralisação.
A despeito de ser um direito constitucional legítimo de todos os trabalhadores, a instauração de qualquer movimento grevista neste momento afastará o ingresso de novos alunos e poderá causar danos ao projeto de revitalização pedagógica. A mantenedora está adotando todas as medidas necessárias à regularização dos salários.
Agradeço o apoio de todos os docentes.
A Reitoria
A Reitoria
Manoel Messias Peixinho”
Na próxima segunda-feira (15), as duas instituições de ensino superior (IES) farão novas assembleias. A da UniverCidade, às 13h, no Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio); a da Gama Filho, às 17h30, no campus da Piedade. Independente desses novos eventos, a decisão de greve está mantida.
Essa será a segunda que esses educadores farão, só em 2013, em um pouco mais de três meses após sair de outra. Em março passado, os docentes das duas IES pararam suas atividades por cerca de 30 dias, com as aulas iniciadas em abril. No caso do Centro Universitário, a categoria oficialmente não encerrou a greve deste ano. Decidiu mantê-la e assim mesmo dar aulas. Em 2012, por exemplo, ficou em greve por mais de 40 dias, também pelo mesmo motivo: atrasos salariais.
Falta pelo menos um mês para que o semestre letivo termine, tendo em vista que as aulas começaram a partir da segunda semana de abril. Os alunos sequer fizeram a segunda prova.
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