Com Bolsonaro, PEN ganhará identidade

Domingo, 30 de julho de 2017 Deputado Jair Bolsonaro poderá se filiar ao Partido Ecológico Nacional, diz site Imagem: Agência Brasi...

Domingo, 30 de julho de 2017

Deputado Jair Bolsonaro poderá se filiar ao Partido Ecológico Nacional, diz site

Imagem: Agência Brasil / Reprodução /

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Com aproximadamente 15% a 20% das intenções de voto e em segundo lugar na preferência do eleitorado para 2018, conforme pesquisas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) parece ter encontrado, finalmente, uma legenda que o acolha, para que possa vir candidato a presidente da República. Seria o Partido Ecológico Nacional (PEN), publicou o blog “Esplanada”, na tarde deste domingo (30/7).

A mudança de legenda deverá ocorrer em breve. Nos últimos meses, a única coisa que se sabia era que o parlamentar negociava sua filiação para outro partido e que não concorreria pelo Partido Social Cristão (PSC), do qual estava descontente por conta da aliança feita em 2014 com o Partido Comunista do Brasil do Brasil (PCdoB) no Maranhão. Não é novidade para ninguém que ele é considerado conservador e de extrema direita e também tachado de “machista”, “homofóbico”, “preconceituoso” e um “apoiador da ditadura” por seus opositores.

E ao que parece também, o PEN poderá mudar de nome para Pátria Amada Brasil (PAB), Patriotas ou Partido de Reedificação da Ordem Nacional (Prona), de acordo com a “Gazeta do Povo”. Para isso, é preciso que haja uma convenção partidária e depois um pedido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desse modo, o PEN pode fazer o mesmo que o antigo Partido Trabalhista Nacional (PTN), que em dezembro passado se tornou o Podemos. O nome deste não teve nada a ver com o radical esquerdista espanhol e simpatizante do chavismo. Diz que surgiu de uma das expressões de marketing político da campanha do ex-presidente norte-americano Barack Obama, que repetia “yes, we can” (sim, nós podemos).

A mudança de nome por parte do PEN marcará a apelo e o apego ao nacionalismo político em tempo de crises política, moral e econômica. Vale lembrar que o Prona foi o partido do falecido deputado federal por São Paulo Enéas Carneiro. O Prona se fundiu ao Partido Liberal (PL), entre 2006 e 2007, para criar o atual Partido da República (PR).

A possível ida de Bolsonaro (foto) ao PEN, certamente, dará à legenda visibilidade e uma identidade, considerando a pouca relevância nacional que tem. Apesar de ter um nome ligado à ecologia, não é uma referência política no tema. Além disso, a maioria dos brasileiros não sabe se o partido é de esquerda, centro ou de direita. Em seu estatuto, datado de 2015, a legenda diz ter como “ensino de base os conceitos da social democracia cristã” e que pretende ser conhecido como o “partido da sustentabilidade” e o “partido do meio ambiente”. Pouquíssimas pessoas saberiam o nome de algum parlamentar da legenda, por exemplo.

Qualquer partido nanico que tiver Bolsonaro como candidato terá visibilidade política para si e para os políticos que se candidatarem a outros cargos eletivos nas próximas eleições. A legenda passa a ganhar um eleitorado específico e ideológico. Não se discute aqui se tê-lo em seu quadro de filiados é bom ou ruim para a imagem do partido, devido aos estereótipos que surgirão, porque é uma questão de ponto de vista.

Na eleição presidencial de 2014, o Partido Ecológico Nacional apoiou o candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG).

O PEN é o 30º entre os 35 existentes, teve o registro deferido pelo TSE em junho de 2012 e número de legenda 51. Tem, atualmente, 13 deputados estaduais, três deputados federais e três suplentes de senadores.

Até a publicação desta reportagem não havia nenhuma postagem de Bolsonaro, de seus filhos – que são deputados e vereador – nem do Partido Ecológico Nacional, confirmando a informação.