Informação atualizada em 24/10/2011, às 2h16 11 candidatos sentiram na pele o tema da redação deste ano, e foram excluídos. Casamento gay...
Informação atualizada em 24/10/2011, às 2h16
11 candidatos sentiram na pele o tema da redação deste ano, e foram excluídos.
11 candidatos sentiram na pele o tema da redação deste ano, e foram excluídos.
Casamento gay, corrupção na política, Copa do Mundo e Primavera Árabe. Nenhum desses assuntos, que tomaram conta do cenário midiático brasileiro e mundial, foi tema de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), de 2011. E sim, a internet, com “Viver em Rede no Século 21: os Limites entre o Público e o Privado”. Para os que se prepararam para discutir tais assuntos, provavelmente foram surpreendidos. Os quatro temas mencionados são bastante polêmicos para serem utilizados em uma prova do Ministério da Educação (MEC).
O casamento gay, por exemplo, sem dúvida geraria bastante polêmica, uma vez que o tema mistura sexualidade, religião, direitos, discriminação e civilidade. Há quem apóie esse tipo de união, mas também quem é contra. Seria uma discussão sem conclusão, pois haveria um conflito entre o que é aparentemente moral e o justo. Sem contar que, recentemente o governo chegou a elaborar um kit anti-homofobia para ser distribuído nas escolas, como medida de enfrentar o bullying, mas logo foi retirado de circulação. Dinheiro desperdiçado!!!
Promover uma redação com o tema “corrupção na política” seria o mesmo que dar um tiro no próprio pé, uma vez que o atual governo ainda não completou um ano de gestão. E em tão pouco tempo houve vários rumores de supostos esquemas de corrupção, envolvendo ministros, por exemplo. Portanto, o assunto estaria descartado.
A Copa do Mundo é outra polêmica que está tomando conta das pautas brasileiras. Obras atrasadas, e com custos milionários, e aeroportos sem infraestrutura adequada para receber os turistas. Além do respeito aos direitos dos brasileiros e a sobreposição do governo e às leis, perante a Federação Internacional de Futebol e Atletismo (Fifa). Um possível atropelo das legislações nacional, estaduais e municipais para defender os desejos estrangeiros colocaria em xeque a verdadeira autoridade de um país. Este é outro assunto que não iria para a redação, pelo menos com esses focos. Talvez, sobre o legado que o evento deixará e o aumento de empregos, sim.
Possivelmente, uma redação com algum dos três primeiros temas mencionados poderia, por exemplo, desviar o candidato da objetividade textual, induzindo-o a se manifestar criticamente. Inclusive, tornando os textos mais subjetivos com insultos e palavrões. Dificilmente se verá uma redação com tema sobre o caos na saúde ou crise na educação, pelo menos no Enem.
Já a Primavera Árabe, embora não tenha influenciado diretamente os brasileiros, é um tema mais distante à nossa realidade. Para fazer uma boa redação, o candidato teria de estar acompanhando atentamente os noticiários.
O fato de que os quatro assuntos citados não terem sido tema de redação desta edição do Enem, não significa que também não poderá estar em algum exame de vestibular. Se não estiver numa produção textual, possivelmente poderá estar em algumas perguntas.
Acontecimentos ocorridos às vésperas das provas não serão discutidos, pois as mesmas são feitas com certa antecedência.
Falar sobre “viver em rede”, é o mesmo que falar de internet e comunidade. O tema é muito mais aberto, fácil de abordar, por estar no dia a dia de gente de todas as partes do mundo. E aqui no Brasil não seria diferente. Se poderia, por exemplo, falar das redes sociais e dos cuidados que se deve ter ao postar certas coisas. Certas publicações poderiam criar polêmicas. Como foi o caso da estudante de direito, Mayara Petruso, em São Paulo, que supostamente teria ofendido aos nordestinos, atribuindo-lhes a vitória da presidenta Dilma Rousseff, nas últimas eleições. Outro caso marcante foi o de uma estagiária do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria postado uma pergunta no Twitter da Instituição, sobre quando o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), iria “pendurar as chuteiras”, assim como o ex-jogador de futebol Ronaldo. O foco da redação remete justamente à questão do limite entre o público e o privado, pois a informação é dispersa com visualização generalizada.
Acontecimentos ocorridos às vésperas das provas não serão discutidos, pois as mesmas são feitas com certa antecedência.
Falar sobre “viver em rede”, é o mesmo que falar de internet e comunidade. O tema é muito mais aberto, fácil de abordar, por estar no dia a dia de gente de todas as partes do mundo. E aqui no Brasil não seria diferente. Se poderia, por exemplo, falar das redes sociais e dos cuidados que se deve ter ao postar certas coisas. Certas publicações poderiam criar polêmicas. Como foi o caso da estudante de direito, Mayara Petruso, em São Paulo, que supostamente teria ofendido aos nordestinos, atribuindo-lhes a vitória da presidenta Dilma Rousseff, nas últimas eleições. Outro caso marcante foi o de uma estagiária do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria postado uma pergunta no Twitter da Instituição, sobre quando o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), iria “pendurar as chuteiras”, assim como o ex-jogador de futebol Ronaldo. O foco da redação remete justamente à questão do limite entre o público e o privado, pois a informação é dispersa com visualização generalizada.
O tema da redação deste ano se tornou mais presente do que nunca: nos dois dias de provas, 11 candidatos teriam tido suas provas anuladas, porque durante as mesmas, foram descobertos supostamente postando mensagens nas redes sociais. Literalmente, sentiram na pele!!! Esse é um dos problemas de estar “em rede”: o que se pensa é singular, e o que se diz, de todos. Todo mundo sabe que é proibido usar celulares, enquanto se faz uma avaliação. Mesmo assim, alguns parecem querer correr os riscos!!!
As provas costumam começar por volta das 13h – pelo horário de Brasília – e por incrível que pareça, ainda tem gente que se atrasa!
Os exames ocorreram nos últimos sábado (22/10) e domingo (23), e reuniu mais de 5,3 milhões de inscrições. A média nacional de faltosos foi de 26,4%, um pouco menor em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de 28%. As maiores abstenções teriam ocorrido no Amazonas, na Bahia, no Distrito Federal e em Roraima, segundo o MEC.
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